O café é amargo e, saído da máquina, péssimo. Mesmo assim, você toma, você gosta. Eu me pergunto quando vou tomar coragem e levantar e beber as últimas gotas desse café. Direto da sua boca. Às vezes, imagino que já teria feito isso, sim, não teria problema nenhum, medo nenhum. Levantaria daqui do fundo da cantina de onde te vejo, chegaria na sua mesa e não diria nada, como nunca disse. Só beberia o café da sua boca e perderia toda a aula de química tentando colher cada gota. É, e não vai pensando que eu teria medo, não, ou vergonha ou sei lá, pudor. Já teria feito isso tudo há muito é tempo.
Só que o café é amargo e, saído da máquina, péssimo.
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