terça-feira, 15 de junho de 2010

Mais um poema ruim

Nada dura; tudo adoece!
Até a gente que o mundo ama,
Até o peito que nos inflama,
Até a mente que um dia esquece.

Nada dura; é tudo chama!
Tudo se vai, tudo esmorece;
Os amigos de bar e prece,
As amigas de escola e cama.

A gente não dura cem anos –
Nosso nome, vá, outros tantos...
Mas pro mundo, isso é durar nada:

Num piscar, do mundo nos vamos!
Como então é que encontramos
Tempo ainda pra uma sonata?

2 comentários:

Igor disse...

Mas a chama é eterna! Vide Vinícius:

"Que não seja imortal, posto que é chama"

E:

"posto que: ainda que, bem que; embora, apesar de."

Mourão disse...

Eu juro que não sei como responder a isso.