É por sua causa que eu rôo as unhas, como os dedos, me sangro e me machuco e me mutilo. (Pode parecer de uma ironia e de um humor filhadaputamente negros dizer isso, mas eu digo porque é verdade.) Também não seria mentira (seria, sim, mas não o suficiente para me impedir de) dizer que você tem a ver com eu escrever, desenhar, programar — logo você, que, acho, não escreve nem desenha nem programa (e olha eu, de novo, sendo um escroto com esse humor negro que não é). (Eu quero deletar isso tudo e me mandar à merda, mas não vou.)
Existe uma... entidade, que é uma pessoa que é maior que as outras etc. É uma pessoa só, mas, claro, são várias como eu sou vários. Você é essa pessoa, a primeira delas. Sempre que eu me lembrar, você vai estar lá, por mais que outras venham e tomem seu lugar, ou que te empurrem de lado, por mais que anos se passem (como passaram). (Se não me falham as contas, faziam 7 anos que a gente não se falava, o que representa um terço, quase, de todos os anos do mundo.)
E de repente, é saber que você não pode mais tocar, escrever, desenhar (mesmo que você não fosse fazer essas coisas, de qualquer forma). De repente é eu não saber mais o que falar, como falar, se falar. É bem mais que 158km (acabei de procurar no Google Maps), que eu não sei se posso percorrer, se devo. (Eu quero-não-quero, entende?).
Eu não gosto de ser assim, sim, sincero. Às vezes, tem-que.
Um comentário:
Ai, Ga que triste :(
Bem que eu gostaria de poder escrever, também, o que me vai por dentro. Mas não posso, não sei como...
Postar um comentário