No primeiro dia, não
pude resistir à tentação de ir ter com a moça sentada no cais. Me
aproximei dela, sentei também e passei algum tempo em silêncio,
ouvindo as ondas. Nas pedras abaixo, um carangueijo carregava um tufo
de algas para um buraco, mas era atrapalhado pelo agito do mar.
Acima, uma fragata ainda rondava, embora o sol já tivesse baixado e
a noite em breve cobriria tudo.
Passados alguns
minutos, me dirigi à mulher. Se chamava Maria e era mesmo portuguesa
(até então, suspeitávamos). Falava com sotaque forte. A princípio,
parecia avessa à ideia de conversarmos, mas acabou se abrindo e,
então, achei que não fosse parar de falar.
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