terça-feira, 14 de abril de 2009

Sem título

Não, não muda de calçada!
Nem me vira assim as costas!
Dei-te asco, eu sei, mas fiz
tudo pra ser o que gostas.

Não espero que te lembres –
o tempo agora é passado.
Só o que peço é que tu saibas
quem tiveste ao teu lado.

Quero que saibas ao menos
que um dia foste quista
em silêncio e sem segredo
que o amor se dá na vista.

Já não saberei como andas
ou de quem tem companhia.
Só me importa que tu saibas:
que se não hoje algum dia

Tiveste alguém que a ti quis
melhor do que a si próprio.
Que a ele foste colírio
Teu sorriso era seu ópio.

E se agora o passado e
não presente ao verbo emprego,
por favor diga que isso
não te tira o sossego!

Se depois a vida segue,
que te importa se eu esqueço?
Não te valhe que tu saibas
já ter sido alvo de apreço?

Se hoje eu a outra chamo,
não é desprezo ao beijo teu!
Não te valhe já saberes
que tua vida a alguém valeu?

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