Naquele
dia, no corredor da faculdade de Biologia, eu acreditei que Sílvia
pudesse ter visto algo de maravilhoso, mas sabia que era improvável
que a Ilha fosse tão inacreditável quanto ela pretendia fazer
parecer. A superfície dos oceanos já foi bem explorada e há algum
consenso no sentido de que os mistérios ainda inexplicados acerca do
mar se concentram em suas profundezas, de modo que soava improvável
que uma bióloga recém formada pudesse ter encontrado uma ilha com
as características descritas por ela e que nunca tivesse sido alvo de
estudos nos campos da geopolítica, oceanografia e --- porque, e era
isto o que a levara a falar comigo, haveriam também animais de
espécies incríveis, além da estranha combinação de culturas ---
biólogos marinhos. No entanto, já não aguentava a inação das
aulas teóricas e precisava de algo que me entretivesse enquanto Dani
não voltava. Assim, considerei que seria fácil me afastar da
faculdade por algumas semanas, se o fizesse em virtude de um estudo
acadêmico, respondi positivamente à proposta de Sílvia e parti com
ela de volta para o mar.
2 comentários:
O mar dá,
o mar tira
o mar volta
e regurgita.
O mar põe,
o mar deixa ficar
o mar zigueziguezá
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